Nesse
texto, teço algumas recomendações para orientar o exercício de reflexão de quem
acabou de ler os capítulos da saga “Onírico” postados no blog. A
institucionalização de um serviço implica na criação de um monopólio, o que
acaba gerando escassez. Uma política social criada para aliviar a miséria pode
sofrer influências negativas da excessiva burocratização e ineficiência
estatal, por exemplo. Tecnocratas analisam uma determinada população,
atribuindo-lhe critérios para quantificar a pobreza. Daí, cria-se demanda
institucionalizada por saúde, habitação, saneamento, escola e cultura. Conforme
já citado, cada instituição possui um limite. Ultrapassado esse limite, as
pessoas ficam incapazes de atender suas próprias demandas, viram joguetes nas
mãos dos tecnocratas. A autonomia e o poder pessoal são mutilados de forma
irreversível. Clubes de leitura fomentam muito melhor o interesse pela cultura
do que um currículo escolar feito sob encomenda para mobilizar o interesse do
alunado em relação à literatura. Deixe de cada um faça o que quiser por meio do
livre compartilhamento de serviços, produtos e conhecimentos. A busca por um
cada vez maior consumo de bens materiais deve ser substituído pela
autoprodução, valores de uso, economia adequada à escala humana e a
descentralização. O produção de cultura, seja ela música, brincadeiras, jogos
ou artes e a filosofia podem se tornar o norte da nossa civilização, como
acontecia na Grécia Antiga. A aprendizagem duraria toda a vida. A redução da
jornada de trabalho e a criação de instituições que possibilitam o livre
intercâmbio de serviços feitos pela própria população num regime de autogestão
são condições necessárias para substituir a busca pelo avanço técnico pela
liberdade de criar por conta própria, característica da pós-modernidade. Isso
só se consegue com uma inversão institucional. Por muitas vezes, tentei fugir
da ordem orquestrada pela imaginação institucionalizada. Aprender, pesquisar e
escrever livros por conta própria, ter iniciativa ao invés de esperar por
serviços e produtos vindos de alguma outra instância. Consegui relativo sucesso
quando consegui amadurecer minhas competências não-cognitivas como a livre
iniciativa, liberdade, persistência e criatividade. E é isso que falta para as
escolas do nosso Brasil.
Legal o blog.
ResponderExcluirSuper beijos :*
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