O livro, de autoria de Cristiano
Luis Lenzi, da EDIFURB, relata que a crise ecológica não foi somente ocasionada
pelo crescimento populacional em países pobres, o que acabou ocasionando a
proliferação da miséria e da degradação dos ecossistemas, mas, também, pelo
consumo excessivo dos recursos planetários por parte dos países
industrializados. Assim, em parte específica do livro, foi relatado que, para
superar o atraso da América Latina, é necessário passar da estrutura econômica
agrícola para uma estrutura industrial. Isso, na doutrina do
Nacional-desenvolvimentismo, que via no Estado empreendedor e no empresariado,
os agentes econômicos responsáveis por essa transformação. O que barrava esse
avanço são os limites endógenos do Estado-Nação. Por sua vez, na doutrina da
Escola da Dependência, o atraso da América Latina era ocasionado por limites
exógenos do Estado-Nação, porque o centro e a periferia do mundo capitalista se
mantinham em relações de dependência e exploração. Um autor citado na
fundamentação teórica, Ceag, relata que o processo de subsatelização, em 1850,
levou Santa Catarina a se tornar um exportador de recursos para grandes centros
urbanos, numa economia cafeeira. Já Cano via que São Paulo, o principal centro
econômico, era auto-suficiente em produção agropecuária e Santa Catarina, por
esse motivo, exportava para o Nordeste e Guanabara, até 1920. Graças à dinâmica
econômica provocada pelas importações e exportações, Santa Catarina se tornou
uma economia dependente, cidade de porte médio, especializada em ramos
diferentes. Hering, ao contrário, via
nos fatores endógenos, o motivo da industrialização, ou seja, o crescimento
industrial se deve à ação do empresariado empreendedor. Muitos autores querem
acreditar em um modelo de desenvolvimento catarinense, o que não é possível,
porque um modelo de desenvolvimento só se torna legítimo quando passível de
reproduzi-lo em outras localidades, sem impactos adversos. No caso catarinense,
por exemplo, o índice de Gini, o dado que quantifica a desigualdade
socioeconômica, esteve próximo de 1, era 0,57, em 1986, o que caracterizava a
região como muito desigual. Diante dessas circunstâncias, o que fazer?
Lenzi, Cristiano Luis. O “modelo catarinense” de desenvolvimento:
uma idéia em mutação? Blumenau: Ed. da FURB, 2000.
Oiii, nunca li esse livro mas parece ser bom, adorooooo livros, estou inclusive escrevendo um. Aqui tem bastante informações... Boa sorte com o blog, beijos
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