A
educação deve enfatizar a livre expressão da pessoa, possibilitando que cada um
vivencie a riqueza da existência com consciência. A união entre intelecto e
emoção pode permitir, no ensino, uma melhor fruição do lazer. O tempo livre é o
tempo de libertação no qual todos têm direito de cultivar o espírito, as artes,
as ciências, o jogo e a se humanizar. Nessas circunstâncias, o ensino deve
preparar o indivíduo para o uso da liberdade. Pequenos e absorventes
passatempos como o cultivo de plantas, pintura, cuidado com pequenas criações
de animais como coelho, peixes e pássaros, fotografias, coleções, música e
filmes possibilitam incremento do capital cultural e humanização do homem por
meio da experiência estética. A educação do silêncio e da submissão prepara
indivíduos medrosos, indecisos, covardes e sem iniciativa própria. A cultura
erudita passada pelo professor ao aluno, excessivamente livresca, está em
desarmonia com a realidade, a sensibilidade e o imediato. A escola ideal é
aquela que prepara o indivíduo a fazer o que gosta, não somente passando
conteúdos inertes ou capacitando o profissional para a profissionalização.
Lazer é definido como atividade intrinsecamente prazerosa, feita pelo indivíduo
sem estar submetido a coerções ou forças exteriores. É, em suma, libertadora. A
aprendizagem para a pessoa tomada como um todo une a emoção e a cognição,
consolidando a integração entre impulsos internos e estímulos externos. O
currículo deve ser permeado por uma cultura que prepara o aluno para o lazer,
através da leitura, música, dança, dramatizações, artesanato, atividades ao ar
livre, turismo, esportes, atividades sociais, grupos sociais e clubes. Posteriormente,
aprofundaremos mais sobre esse tipo de pedagogia.
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