segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Resenha do livro “Modelo Catarinense de Desenvolvimento – Uma ideia em mutação?” – parte 2:


                O modelo catarinense de desenvolvimento está esgotado. Para superar o esgotamento, a perspectiva neomodernizadora enfatiza a necessidade de usar a tecnologia para propiciar um crescimento qualitativo, investir no setor de serviços e combinar economias industriais numa rede horizontal de cooperação. A perspectiva da ruptura democrática-participativa, ao contrário, colocava ênfase de novos procedimentos democráticos, tentar reverter as tendências perniciosas do desenvolvimento através das organizações da sociedade civil. O plano diretor, por exemplo, o ordenamento urbano e o planejamento das cidades precisam ser feitos tendo a população enquanto base, porque ela é que irá sofrer os impactos. A neomodernização pode proporcionar orientação para fazer alavancar o desenvolvimento tecnológico para reduzir os impactos ambientais e as organizações da sociedade civil podem auxiliar no combate contra a praga da corrupção e das práticas do clientelismo. A redução dos impactos ambientais, a efetivação do exercício democrático, a melhoria da qualidade de vida e a busca por justiça social são os meios para se efetivar um novo modelo de desenvolvimento sustentável, o desenvolvimento tomado numa perspectiva global, não somente local. Acalentar a esperança é condição essencial para esperar um amanhã melhor.



Lenzi, Cristiano Luis. O “modelo catarinense” de desenvolvimento: uma idéia em mutação? Blumenau: Ed. da FURB, 2000.

Nenhum comentário:

Postar um comentário