O modelo catarinense de
desenvolvimento está esgotado. Para superar o esgotamento, a perspectiva
neomodernizadora enfatiza a necessidade de usar a tecnologia para propiciar um
crescimento qualitativo, investir no setor de serviços e combinar economias industriais
numa rede horizontal de cooperação. A perspectiva da ruptura
democrática-participativa, ao contrário, colocava ênfase de novos procedimentos
democráticos, tentar reverter as tendências perniciosas do desenvolvimento
através das organizações da sociedade civil. O plano diretor, por exemplo, o
ordenamento urbano e o planejamento das cidades precisam ser feitos tendo a
população enquanto base, porque ela é que irá sofrer os impactos. A
neomodernização pode proporcionar orientação para fazer alavancar o
desenvolvimento tecnológico para reduzir os impactos ambientais e as
organizações da sociedade civil podem auxiliar no combate contra a praga da
corrupção e das práticas do clientelismo. A redução dos impactos ambientais, a
efetivação do exercício democrático, a melhoria da qualidade de vida e a busca
por justiça social são os meios para se efetivar um novo modelo de
desenvolvimento sustentável, o desenvolvimento tomado numa perspectiva global,
não somente local. Acalentar a esperança é condição essencial para esperar um
amanhã melhor.
Lenzi, Cristiano Luis. O “modelo catarinense” de desenvolvimento:
uma idéia em mutação? Blumenau: Ed. da FURB, 2000.
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