Nos textos anteriores, foi falado sobre a necessidade de ampliar a esfera da
autonomia, o tempo livre. Aproveitar a vida significa reservar um período para
executar atividades sem fins econômicos, agradáveis e libertadoras. No texto de
hoje, escreverei sobre a contribuição para a discussão da redução da jornada de
trabalho na perspectiva de Valquíria Padilha, autora do livro “Tempo livre e
capitalismo: um par imperfeito”. No capítulo “a redução da jornada e do tempo
de trabalho”, a autora lembra de Lafargue que pregava a necessidade de uma
jornada de trabalho de apenas 3 horas por dia. Já Marx falava que a jornada de
trabalho irá reduzir quando os trabalhadores tiverem consciência de que o
capitalista extrai a mais-valia. Afinal, o trabalhador, imerso nas condições
materiais do maquinário capitalista, é apenas um meio no qual se extorque a
mais-valia. Por outro lado, no livro de Padilha, Gorz, autor consultado, afirma
que a ascensão da sociedade de tempo livre só será possível com a redução da
jornada e do tempo de trabalho acompanhada de uma redistribuição da renda social.
Com isso, haverá uma autogestão do tempo e de horários, possibilitando o
surgimento de uma cultura centrada nas atividades autodeterminadas. Nas
próximas postagens, continuarei a descrever os principais erros conceituais dos
autores consultados no livro.
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