sábado, 3 de janeiro de 2015

Tempo livre para viver parte 1:



Nos textos anteriores, foi falado sobre a necessidade de ampliar a esfera da autonomia, o tempo livre. Aproveitar a vida significa reservar um período para executar atividades sem fins econômicos, agradáveis e libertadoras. No texto de hoje, escreverei sobre a contribuição para a discussão da redução da jornada de trabalho na perspectiva de Valquíria Padilha, autora do livro “Tempo livre e capitalismo: um par imperfeito”. No capítulo “a redução da jornada e do tempo de trabalho”, a autora lembra de Lafargue que pregava a necessidade de uma jornada de trabalho de apenas 3 horas por dia. Já Marx falava que a jornada de trabalho irá reduzir quando os trabalhadores tiverem consciência de que o capitalista extrai a mais-valia. Afinal, o trabalhador, imerso nas condições materiais do maquinário capitalista, é apenas um meio no qual se extorque a mais-valia. Por outro lado, no livro de Padilha, Gorz, autor consultado, afirma que a ascensão da sociedade de tempo livre só será possível com a redução da jornada e do tempo de trabalho acompanhada de uma redistribuição da renda social. Com isso, haverá uma autogestão do tempo e de horários, possibilitando o surgimento de uma cultura centrada nas atividades autodeterminadas. Nas próximas postagens, continuarei a descrever os principais erros conceituais dos autores consultados no livro. 

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