sábado, 24 de janeiro de 2015

Síntese do artigo “Competitividade global para as pequenas empresas e desenvolvimento local”:


                Nelson Casarotto Filho e Luis Henrique Pires, no artigo “Competitividade global para as pequenas empresas e desenvolvimento local” mencionam, na época onde o artigo foi escrito, 2001, o Brasil estava oscilando entre o 40° e 50° lugar no Ranking da Competitividade Global do Fórum Econômico Global. Para aumentar as exportações e absorver mão de obra, aponta-se a importância da pequena e média empresa. Aqui, no Brasil, porém, as empresas são extremamente verticalizadas de modo interno, sem a necessária representatividade e sem a existência de acordos econômicos (com fornecedores, clientes e concorrentes). Na Itália, por exemplo, a competitividade das empresas reside no “ambiente competitivo”. Há grupos de pequenas empresas, sejam elas complementares ou concorrentes, às vezes com relações estratégicas com empresas maiores, mas, nunca isoladas. Utilizam fatores competitivos como imagem, economia de escala, escopo, assistência técnica globalizada, contam com administrações locais, instrumentos associativos, cooperativas, centros de pesquisa, consórcios tecnológicos e/ou comerciais, observatórios e econômicos. “Consórcios”, “cooperativas”, “alianças”, “redes de empresa flexíveis” e “villaggio produttivo” são termos que obrigatoriamente passarão a fazer parte do vocabulário da empresa competitiva. Como é improvável que a pequena empresa possa dominar todas as etapas da cadeia produtiva, surgem as cooperações para compartilhar das funções iniciais e finas do processo. São as funções iniciais (design, aquisições) e finais (exportações, marca e marketing) são compartilhadas entre os associados, num consórcio, fazendo com que as funções citadas agreguem maior valor ao produto.

            Consórcios horizontalizados são empresas que fabricam o mesmo tipo de produto, enquanto que nos verticalizados, a produção dos componentes está distribuída entre os consorciados em cadeia e a montagem final pode estar com empresas consorciadas ou alguma específica que assume a marca do consórcio. O ideal é que o consórcio esteja integrado num Sistema Econômico Local, com vários instrumentos de integração econômica. A competição não é mais entre empresas, mas, entre sistemas produtivos locais.  Foca-se o desenvolvimento da região. O distrito deve ser multissetorial, possuir a personalidade do produto final da região (exemplo: móveis), produzir, também, equipamentos para móveis, produtos químicos para móveis, equipamentos correlatos, tecnologia e design em móveis, turismo vocacionado para móveis, parques temáticos voltados para florestas, etc. Afinal de contas, pouco adianta ter uma empresa competitiva numa área ou região caracterizada pelo desemprego e baixa renda per capita. 

Um comentário:

  1. As pequenas empresas são de grande importância, mas dependem de muitos fatores para sobreviverem no mercado competitivo.

    ResponderExcluir