No
artigo “Cooperação e co-produção público-privado: o papel do terceiro setor” de
José Francisco Salm, inicialmente, descreve que, entre os anos de 1994 e 1999,
há uma diminuição do número de empregos para pessoas com baixa escolaridade, o
que impede a participação de determinada classe de pessoas na distribuição de
riqueza. Isso implica em concentração de renda, afinal, nosso sistema funciona
com base no egoísmo. Novas respostas devem ser pensadas.
Novas
parcerias devem ser buscadas com o “terceiro setor”, a associação do
público-privado. Essa última busca o bem comum, a distribuição dos bens que
levam ao bem-estar de uma coletividade. Se o tamanho do Estado diminuir, isto
é, se ele não for o único que lida com a distribuição dos bens que proporcionam
bem- estar para uma população, os impostos diminuirão e outras instituições vão
executar essa tarefa de administrar o que é público. Entra o “terceiro setor”,
a co-produção do bem público, a sociedade que busca melhorias fora da esfera do
mercado e do Estado. Falamos de organizações do tipo beneficente, filantrópica,
assistencial, ONGs, fundações, institutos e doadores de recursos dedicados a
investimento social. Na Europa, esse conceito de “terceiro setor” é chamado de
“economia social” ou “economia solidária”. Por esse último termo, entende-se,
como exemplo, uma associação funcional, cooperativa de trabalho, renda ou
crédito. A economia social coloca a prestação de serviços acima do lucro, um
complemento da ação do Estado. Primeiro setor significa Estado, segundo setor
significa mercado e terceiro setor, numa conceituação mais clara, significa
quem atua a iniciativa privada com finalidade pública. Se analisássemos o
terceiro setor em termos de aplicação de recursos, veríamos que ele é a oitava
economia do mundo. Essas iniciativas privadas com feições públicas executar
vários projetos para crianças, adolescentes, adultos, famílias, terceira idade,
portadores de HIV, dependentes químicos, etc. A fundação Boticário, Instituto
Senna, a Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho são exemplos dessas instituições.
A lógica econômica é suplementar. Mais vale o altruísmo. Humanizemos o mundo
através do repensar a economia e a cultura.
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