Uma
educação que deve preparar para o cultivo do espírito é o tema dessa série de
postagens. O foco da aprendizagem de
conteúdos deve ceder espaço para o “aprender a aprender”. Assim, a educação
precisa ser continuada, permanente, preparando as pessoas de todas as idades para
buscar cultura e saberes de forma autônoma. Clubes, por exemplo, poderiam
favorecer o compartilhamento da cultura, deixar que as pessoas explorarem
livremente os próprios interesses e diversificar ao máximo o lazer. A erudição
deve ser buscada em todas as idades. A cultura de massa, as opiniões feitas sob
medidas pelos meios de comunicação e a ideologia vinculada incentiva o consumo
padronizam o indivíduo. Já está na hora de reduzir o poder uma cultura alienadora
e consumidora do supérfluo. Urge renovar a cultura local e a experiência
científica feita para, simplesmente, enriquecimento intelectual. A experiência
estética deve recuperar sua função emancipatória. A arte feita para alavancar a
lucratividade, a indústria cultural e a homogeneização das consciências devem
ceder lugar para uma arte feita por amor à arte, sem pensar em banalizá-la para
fazer funcionar as engrenagens capitalistas. A redução do trabalho e a
eliminação do mesmo em sua forma abstrata e estranha, combinadas com o cultivo
da sensibilidade marcarão o nascimento de uma civilização mais livre e de uma
vida mais divertida.
Lenea,
Gaelzer. Ensaio à liberdade: uma
introdução ao estudo da educação para o tempo livre. Porto Alegre: D. C.
Luzzatto Editores LTDA, 1985.
Olá! Gostei muito da sua postagem, adorei o blog.
ResponderExcluirParabéns e sucesso.
Felicidades e tudo de bom.
Que 2015 te traga muito sucesso!!! Bjs.
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