terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Educação para o lazer parte 2:



Uma educação que deve preparar para o cultivo do espírito é o tema dessa série de postagens.  O foco da aprendizagem de conteúdos deve ceder espaço para o “aprender a aprender”. Assim, a educação precisa ser continuada, permanente, preparando as pessoas de todas as idades para buscar cultura e saberes de forma autônoma. Clubes, por exemplo, poderiam favorecer o compartilhamento da cultura, deixar que as pessoas explorarem livremente os próprios interesses e diversificar ao máximo o lazer. A erudição deve ser buscada em todas as idades. A cultura de massa, as opiniões feitas sob medidas pelos meios de comunicação e a ideologia vinculada incentiva o consumo padronizam o indivíduo. Já está na hora de reduzir o poder uma cultura alienadora e consumidora do supérfluo. Urge renovar a cultura local e a experiência científica feita para, simplesmente, enriquecimento intelectual. A experiência estética deve recuperar sua função emancipatória. A arte feita para alavancar a lucratividade, a indústria cultural e a homogeneização das consciências devem ceder lugar para uma arte feita por amor à arte, sem pensar em banalizá-la para fazer funcionar as engrenagens capitalistas. A redução do trabalho e a eliminação do mesmo em sua forma abstrata e estranha, combinadas com o cultivo da sensibilidade marcarão o nascimento de uma civilização mais livre e de uma vida mais divertida.  

Lenea, Gaelzer. Ensaio à liberdade: uma introdução ao estudo da educação para o tempo livre. Porto Alegre: D. C. Luzzatto Editores LTDA, 1985.

Um comentário:

  1. Olá! Gostei muito da sua postagem, adorei o blog.
    Parabéns e sucesso.
    Felicidades e tudo de bom.
    Que 2015 te traga muito sucesso!!! Bjs.


    http://juliana-editions.blogspot.com.br/

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