quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Menos trabalho e mais diversão parte 1:



                Na postagem anterior, vimos como o trabalho pode ser pedagógico, como a prática pode acrescentar conhecimentos úteis ao trabalhador. O trabalho se torna práxis, a teoria posta em prática. Isso só se consegue quando o trabalho deixa de ser atividade assalariada para se tornar atividade vital, quando o proletariado assume os meios de produção, num regime de economia solidária e cooperativismo. No entanto, o tempo de execução desse trabalho, por mais que seja agradável de ser feito, ainda assim, precisa ser reduzido. Trabalhamos para viver e toda a atividade heterônoma, isto é, que é obrigatória de ser feita, acaba sendo desagradável. Precisamos reduzir a esfera da heteronomia e ampliar a autonomia. O trabalho heterodeterminado será organizado sob o imperativo da economia solidária e do cooperativismo, com sua duração reduzida, enquanto se amplia a esfera do trabalho autodeterminada, a criação de valores de uso, atividades artísticas, estéticas, jogos, diversão ou a produção de objetos destinados à subsistência. A redução do tempo de trabalho socialmente necessário levará a criação de mais postos de trabalho socialmente necessário organizados sob os princípios da autogestão. Já a atividade que visa a autoreprodução é um trabalho que escapa da racionalidade do mercado, mesmo o social, é caracterizado pela auto-suficiência, o direito de cada comunidade produzir uma parcela do que vai consumir. A despersonalização, a padronização e a divisão do trabalho propiciam a redução do tempo de trabalho. O trabalho, mesmo sob controle operário, deve perder a centralidade na vida das pessoas. A atividade autônoma preencherá a vida dos trabalhadores de sentido, multiplicará ricas individualidades. Encerramos a postagem por hoje e falaremos mais sobre o que fazer nas horas vagas.

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